Surgimento da Segurança no Trânsito
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Prosseguindo o tema do workshop, nessa etapa vamos começar entendendo um pouco sobre a cultura e o que se conhece sobre a Segurança no Trânsito. Como apareceu, razões e informações possíveis.
Nas pesquisas mais comuns, há indícios de que na Mesopotâmia (atualmente o Iraque) cerca de 3.000 anos a.C. a civilização utilizava-se de roletes de madeira para movimentação de objetos. Isso pode ter sido o startup para o próximo passo que seria a criação da roda. Sem dúvida, uma solução tecnológica sem precedentes que mudaria o mundo.
Esses recursos de roletes foram aperfeiçoados com o uso de animais para tracionar e assim, facilitando a movimentação. Nascia assim um upgrade e também os primeiros acidentes pela precariedade no uso e pelas velocidades que eram mais expressivas.
Passados séculos, As rodas precisavam de locais para dar rendimento na mobilidade e daí, surgiram as vias com traçados mais adequados, pois os veículos já desprendiam velocidades maiores.
Em Roma, nasceu a Via Appia, a primeira estrada do mundo, segundo alguns historiadores, e os problemas com a segurança logo surgiram naqueles tempos. Pode parecer incrível, mas já naqueles primórdios de Roma antiga, Século I a.C. o trânsito já se mostrava complicado e de riscos, tanto que Júlio César, Imperador Romano, decidiu proibir o tráfego das “rodas” durante o dia na região central.
Um tempo depois, a limitação da quantidade de carruagens que poderiam entrar na cidade.
Seria isso uma inspiração para que na cidade de São Paulo fosse instituído o primeiro rodízio na circulação de veículos? Ou seria mera coincidência?
Ilustração humorada do rodízio em Roma
A evolução dos veículos tem uma história própria e muito extensa, mas podemos afirmar que a segurança não acompanhou seu desenvolvimento na mesma proporção, daí custou muito tempo para que as autoridades no mundo todo determinassem mais rigor nos projetos automotivos e assim reduzindo as mortes e feridos crescentes na proporção do aumento da demanda produtiva.
Quem viveu décadas passadas ou, mesmo sendo mais jovem, pesquisou a história da engenharia automotiva confirma:
veículos eram construídos sobre duas longarinas de metal altamente resistentes e presas entre si por travessas também metálicas onde se agrupavam os componentes estruturais, tais como motor e transmissão, suspensão, direção, cabine, eixos, rodas e todos os agregados que direta ou indiretamente eram ligados às tais longarinas.
Essas ferragens que sustentava o veículo completo nada mais eram do que os chassis, ainda presentes em alguns veículos e notadamente nos pesados.
Ilustração do chassis
Outra preocupação pela robustez dos chassis era de que numa colisão, o veículo resistiria mais o impacto evitando que o efeito chegasse a causar tantos estragos e atingir o condutor e passageiros. Nessa premissa, enquanto a velocidade não era tão elevada, de certo modo fazia sentido.
Com o avanço da tecnologia mecânica, veículos começaram a desenvolver maiores velocidades e com isso os resultados graves nos acidentes com pessoas sendo arremessadas pelo para-brisas e para fora do veículo. As fatalidades eram inerentes às ocorrências.
Os danos nos veículos até não eram tão visíveis, porém as pessoas absorviam os impactos e eram projetadas violentamente para frente. Não é difícil imaginar as graves lesões na coluna lombar e cervical e dos órgão internos com esses impactos violentos, quando não morriam no local.
Sobre essa dinâmica dos impactos, abro aqui um parênteses e Deixo uma sugestão de visita ao Memorial da Segurança no Transporte em Curitiba para conhecer e experimentar um ensaio de colisão de veículo. Você embarca numa espécie de veículo controlado à distância e ele colide a 10 km/h contra uma parede rígida.
O impacto e ruído levam os nervos ao extremo. Imagine então a 80 km/h na realidade!)
O Memorial faz parte do complexo da Volvo em Curitiba e maiores informações estão disponíveis no portal https://memorialdaseguranca.com.br/
Continuarei nos próximos posts a sequência desse tema e seguintes que fazem parte do Workshop.
Obrigado pela leitura
Thyrso Guilarducci
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